A médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, explica que a relação entre ansiedade e desequilíbrio hormonal pode ser bidirecional e complexa. Em alguns casos, a ansiedade pode ser uma manifestação de um desequilíbrio hormonal, enquanto, em outros casos, o desequilíbrio hormonal pode ser uma consequência da ansiedade.
Ela cita como exemplo o hipotireoidismo, uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, podendo levar a sintomas de ansiedade, incluindo nervosismo, irritabilidade e palpitações cardíacas. Da mesma forma, a síndrome pré-menstrual (SPM) e a menopausa podem causar flutuações hormonais que aumentam o risco de ansiedade e depressão.
Por outro lado, a ansiedade crônica pode desencadear uma resposta de estresse que afeta a produção de hormônios no corpo, incluindo cortisol e adrenalina. O excesso de cortisol pode levar a uma série de sintomas físicos, como fadiga, insônia e ganho de peso, enquanto a falta de hormônios como a dopamina e a serotonina pode aumentar o risco de depressão e ansiedade.
É importante lembrar que a ansiedade e o desequilíbrio hormonal podem ser
causados por uma variedade de fatores, incluindo estilo de vida, dieta, estresse emocional e predisposição genética. Por isso, é importante monitorar a saúde para manter os hormônios equilibrados. O corpo humano é um sistema complexo onde corpo e mente precisam estar harmonizados no seu máximo potencial. É por este motivo que a médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, defende a visão 360 graus da saúde, fazendo um atendimento diferenciado com protocolos personalizados, voltados para a melhora geral na qualidade de vida e nos objetivos individuais.
Por que a ansiedade gerar vontade de comer doces?
A médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, explica que a relação entre a ansiedade e a vontade de comer doces pode ser decorrente de uma combinação de fatores psicológicos e biológicos.
Do ponto de vista psicológico, muitas pessoas recorrem a alimentos como forma de conforto emocional durante períodos de estresse ou ansiedade. Comer alimentos ricos em açúcar pode liberar endorfinas no cérebro, o que pode produzir uma sensação temporária de prazer e alívio da ansiedade.
Do ponto de vista biológico, o açúcar pode afetar os níveis de serotonina no cérebro, um neurotransmissor que regula o humor e o apetite. Aumentar os níveis de serotonina pode produzir uma sensação de bem-estar e reduzir a ansiedade, e muitas pessoas encontram alívio temporário dos sintomas de ansiedade ao consumir alimentos açucarados.
Além disso, o açúcar pode afetar os níveis de glicose no sangue, o que pode levar a flutuações nos níveis de energia e humor. Quando o açúcar é consumido, ele é rapidamente convertido em glicose e liberado na corrente sanguínea, proporcionando um rápido aumento de energia. No entanto, essa energia é seguida por uma queda rápida, o que pode levar a uma sensação de fadiga e letargia, aumentando ainda mais o desejo por doces.
No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo de açúcar pode ter efeitos negativos na saúde a longo prazo, como aumento do risco de obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Por isso, a médica Giselle Barros destaca que é importante encontrar maneiras mais saudáveis de lidar com a ansiedade, como praticar atividades físicas, equilibrar os hormônios, buscar técnicas de relaxamento ou meditação e até, se necessário, utilizar medicações naturais ou tradicionais se a avaliação clínica profissional julgar importante ou necessário. É sempre válido destacar a saúde e o bom senso em todas as situações.
Existe alguma medicação capaz de reduzir a vontade de comer doces?
A médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, explica que existem sim alguns medicamentos que podem ajudar a reduzir a vontade de comer doces e eles podem variar desde uma linha mais natural ( fitoterápicos) ou serem medicamentos tradicionais e alguns até controlados. A lista de opções é bem grande, mas é importante lembrar que o uso desses medicamentos deve ser acompanhado por um profissional de saúde e deve ser combinado com alimentação saudável e ajustes no estilo de vida.
A prescrição é sempre individualizada, portanto, não compartilhe a sua medicação com a sua amiga. A necessidade dela é diferente da sua. Algumas dessas medicações, que tiram a fome ou a vontade de comer doces, podem causar sérios efeitos colaterais e só devem ser prescritas sob supervisão e orientação médica, sempre após uma completa avaliação clínica multissistêmica onde a questão emocional, além de toda a parte hormonal e metabólica, também deve ser levada em consideração.
Qual a importância da reposição hormonal na menopausa?
A médica, Dra.Giselle Barros, destaca que a reposição hormonal na menopausa é importante porque ajuda a aliviar os sintomas incômodos e desconfortáveis que as mulheres podem experimentar durante essa fase da vida. Durante a menopausa, os ovários deixam de produzir hormônios, como estrogênio e progesterona, que são importantes para manter a saúde e o bem-estar feminino.
A reposição hormonal pode ajudar a aliviar sintomas como ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal, alterações de humor e problemas de sono. Além disso, a reposição hormonal pode ajudar a prevenir a perda óssea e reduzir o risco de desenvolver doenças cardíacas e osteoporose.
No entanto, a reposição hormonal nem sempre é recomendada para todas as mulheres. É importante avaliar os prós e contras da reposição hormonal, especialmente se houver histórico familiar de câncer de mama, doença cardíaca ou coágulos sanguíneos. A médica explica que uma avaliação clínica bem completa e individualizada pode avaliar a saúde geral da paciente e ajudar a decidir se a reposição hormonal é apropriada ou não para ela. Caso seja apropriada, é importante individualizar a dose e escolher a via de administração mais segura. A via transdérmica é uma das melhores.
Qual a relação entre sintomas depressivos e desequilíbrio hormonal?
A médica, Dra. Giselle Barros, explica que a relação entre sintomas depressivos e desequilíbrio hormonal é complexa e multifacetada. Embora haja evidências de que certos desequilíbrios hormonais possam contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos em algumas pessoas, a relação entre os dois não é completamente compreendida e pode variar de indivíduo para indivíduo.
Algumas condições médicas que afetam os níveis hormonais, como o hipotireoidismo, a menopausa, a diminuição das taxas de testosterona ( em homens e mulheres), e a síndrome dos ovários policísticos, podem estar associadas a sintomas depressivos. Por exemplo, a tireoidite de Hashimoto pode resultar em níveis baixos de hormônios tireoidianos, que podem levar a sintomas de depressão. Da mesma forma, as flutuações hormonais durante a menopausa podem afetar o humor e levar a sintomas de depressão.
No entanto, é importante observar que nem todas as pessoas com desequilíbrios hormonais desenvolvem sintomas depressivos e nem todas as pessoas com depressão têm desequilíbrios hormonais. A depressão é uma condição complexa que pode ter múltiplas causas, incluindo fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Portanto, a médica destaca que é importante fazer uma avaliação clínica e metabólica completa antes de aceitar o rótulo de pessoa depressiva e tomar determinas medicações para isso. O importante é sempre buscar ajuda profissional e definir, com muito bom senso, o melhor tratamento para cada situação.
O Etarismo é um novo conceito ou um medo de envelhecer?
A médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, destaca que o Etarismo, também conhecido como ageismo, é um conceito que se refere ao preconceito ou discriminação contra pessoas com base na idade. Isso pode incluir discriminação contra pessoas mais velhas ou mais jovens. O Etarismo pode se manifestar de várias maneiras, como assumir que uma pessoa mais velha não pode realizar uma tarefa por causa de sua idade, ou não oferecer a uma pessoa mais jovem a oportunidade de realizar uma tarefa porque se acredita que ela não tem experiência suficiente.
O Etarismo não é um conceito novo, mas é uma forma de preconceito que existe há muito tempo e afeta pessoas de todas as idades. O medo de envelhecer, por outro lado, é uma emoção que pode ser experimentada por algumas pessoas em relação ao processo de envelhecimento. Isso pode levar a preocupações com a aparência física, perda de habilidades ou independência, ou medo de ser menos valorizado socialmente por causa da idade.
Embora o medo de envelhecer possa ser um sentimento pessoal, o Etarismo é um problema social e pode afetar o bem-estar das pessoas em diferentes áreas da vida, incluindo saúde, emprego e interações sociais. É importante reconhecer e combater o Etarismo para garantir que as pessoas sejam tratadas com respeito e justiça, independentemente de sua idade.
A médica também destaca que a longevidade é um fato consumado e que saber lhe dar com o avançar da idade é fundamental para a manutenção da qualidade de vida e autoestima no amplo processo de envelhecimento.
Vale ressaltar que os avanços tecnológicos estão alinhados com a medicina e isso nos permite envelhecer sem ficar velhos!
Qual a importância da reposição de testosterona em homens e mulheres?
A médica Giselle Barros explica que a testosterona é um hormônio fundamental para a qualidade de vida de homens e mulheres. Em homens, ela é responsável pelo desenvolvimento e manutenção de características sexuais masculinas, como a produção de esperma, o crescimento muscular, a libido, a vitalidade, a voz grave, entre outros.
Em mulheres, a testosterona é produzida em quantidades menores, mas ainda é importante para o desenvolvimento e manutenção de ossos fortes, libido, ganho de massa muscular e bem-estar emocional.
A reposição de testosterona pode ser necessária em homens e mulheres que apresentam qualquer deficiências fisiológica.
Ela pode ajudar a aliviar sintomas como fadiga, diminuição da libido, depressão e diminuição da densidade óssea, autoestima, ganho de massa muscular, aumento de força física e etc.
A médica nutróloga, Dra. Giselle Barros, alerta que a reposição de testosterona deve ser feita apenas sob orientação médica, com acompanhamento regular, bom senso e muita responsabilidade. Seu excesso pode causar efeitos colaterais indesejados, como acne, queda de cabelo, irritabilidade, entre outros.
É preciso que seja feita uma avaliação clínica minuciosa para que se faça uma reposição fisiológica, de forma segura e personalizada.